Ah, se fosse tão mágico calcular o preço de um site

O quanto cobrar por um site é uma questão que perturba não somente os iniciantes. Várias pessoas já me pedirar uma indicação de quanto deveriam cobrar por determinado projeto, mas a verdade é que eu não creio que há uma fórmula exata para isso. Há muitas sugestões, parâmetros e tabelas de referência. A ADEGRAF (Associação de Designers Gráficos do Distrito Federal) possui, em sua tabela referencial de valores, uma referência para valores do layout de um site de acordo com a complexidade (baixa, média, alta). Esta complexidade é definida por determinados parâmetros, que eu particularmente achei questionáveis.

Em um artigo intitulado "How Much Should a Web Site Cost?", eles disponibilizam uma calculadora com 8 critérios cujos valores podem ser ajustados por sliders e que oferece um orçamento com a opção do custo mais baixo e mais alto para os serviços adquiridos. Achei legal, mas é muito genérico e não vejo isso funcionando na prática.


O valor de um site na verdade depende de outros parâmetros, mais contextuais do que de serviços. Pode variar de acordo com o poder aquisitivo da região (você não vai querer cobrar em Borá o que uma pessoa cobraria em São Paulo, não é mesmo?), o porte do cliente para o qual você está realizando o trabalho (uma empresa pequena local certamente irá requerer recursos mais simples, mesmo porque tem um orçamento reduzido, ao contrário de uma multinacional), a complexidade do que ele está pretendendo fazer de acordo com uma análise de requisitos feita junto ao cliente/empresa, etc.

O que eu julgo ser o balanço ideal: tenha um valor de trabalho por hora condizente com o mercado de sua região (mas não nivele por baixo!), faça um orçamento para o cliente com um valor de base (piso) de acordo com uma quantidade média de horas que o projeto pode levar baseado nos requisitos levantados e, na proposta, deixe claro o valor/hora caso exceda esse tempo. Calcular com base no valor por hora, a meu ver, é a forma mais justa para ambos os lados.

E então, o que acham?

Elementos de interface em PSD para ajudar no seu próximo design

Ás vezes já temos todo o conceito de um site a ser desenvolvido, os wireframes, color schemes, tipografia e tudo mais. Mas no momento de fazer o layout propriamente dito, falta um norteamento mais refinado sobre o estilo e o design de elementos da interface.

Para inspirar-se, ou mesmo utilizar no seu próximo design, o site 365psd.com disponibiliza gratuitamente PSDs de elementos de interface que vão desde botões, controles de formulários até layouts quase completos. A ideia do site é divulgar um PSD por dia.

Há elementos muito úteis como ícones de cartões de créditos, botões de redes sociais, controles do Google Maps e outros elementos com design interessante e que apresentam boas sugestões de experiência de uso.

Confiram alguns dos PSDs disponibilizados no site.







A (falta de) usabilidade presente no cotidiano

Utensílios domésticos, portas, tubo de pasta de dente, entre outros. Quantas coisas do nosso cotidiano apresentam, vez ou outra, dificuldade de utilização? Pois é, a usabilidade, termo tão usual para os profissionais de TI, também deve ser levada em conta para os produtos de nosso dia-a-dia.
E foi justamente pensando nesta falta de usabilidade que Michael J. Darnell criou o BadDesigns.com. O site é uma coletânea de exemplos ilustrados de coisas que são difíceis de utilizar por que elas não seguem os princípios de fatores humanos.
Selecionei algumas "pérolas" de má concepção de itens do nosso cotidiano.

Coisas que não funcionam do jeito que você esperava
Portas são minhas inimigas, por isso selecionei em primeiro lugar justamente essa, rs. Creio que muitos já tenham passado por essa situação, de tentar abrir a porta pelo puxado que está saliente, mas descobre que ela tem uma maçaneta pouco evidente. Pelo senso comum, tendemos a abrir a porta pelo puxador, pois na maioria das portas ele também atua como maçaneta. Outro problema relatado neste exemplo é cada uma das portas funciona de uma maneira. A primeira você precisa puxar para abrir e a segunda precisa empurrar! Ou seja, totalmente inconsistente.
(Two sets of doors)
http://www.baddesigns.com/doors.html

Coisas diferentes que são muito similares
Ah, quem nunca teve problemas em encaixar o conector USB do lado certo? Devido a similaridade dos lados do USB, frequentemente erramos ao tentar conectá-lo, mesmo que o fabricante coloque uma indicação de "top" ou o símbolo do USB (que às vezes é difícil de enxergar.

http://baddesigns.com/USB.html

Se o conector pudesse funcionar de qualquer lado ou se fosse assimétrico como o mini-USB (que eu acho bem intuitivo), este problema poderia ser resolvido.

Mini-USB - http://baddesigns.com/USB.html


Coisas que são difíceis de enxergar
Eu já tropecei muitas vezes em locais como os da imagem abaixo, tanto em um degrau de desnível, quanto em escadas que apresentam este mesmo problema. Notem que é quase imperceptível este desnível entre o chão e o palco e este aviso não é uma das melhores soluções. O ideal seria colocar uma sinalização neste degrau.

http://baddesigns.com/step.html


Coisas que não funcionam bem juntas
Um problema recorrente com carregadores de determinados dispositivos é que eles são tão grandes que, em alguns casos, é difícil acertar o encaixe na tomada, principalmente se essa tomada não estiver bem posicionada (há uma tomada em casa junto com interruptores que, toda vez que coloco o carregador do meu tablet, ele apaga ou acende a luz). Na imagem abaixo, não é possível conectar o secador de cabelos porque há um espelho muito próximo da tomada.

http://baddesigns.com/plug.html


Coisas que ficam no caminho

A imagem abaixo mostra a vista da porta de um prédio para a porta de outro. Várias pessoas andam entre estas duas portas. Quem desenhou este pátio tinha em mente que as passagens deveriam ser em torno de ambos os lados do pátio.
Porém, observe o caminho de terra entre as duas portas. As pessoas têm usado este caminho, passando por cima do muro e atravessando o que costumava ser a grama. Este caminho mostra onde a passagem deveria ser.

http://baddesigns.com/path.html


Rótulos que parecem botões
Um problema com controles de elevadores é que os rótulos na linha de baixo de baixo deste exemplo parecem botões. Então, quando você deseja abrir a porta do elevador, você acidentalmente pressionar o rótulo "Door Open" ao invés do botão ao lado. A linha superior de teclas não parecem ter este problema.

http://baddesigns.com/elecon.html


Controles com sugestões conflitantes

Você está sentado em frente à TV, e quer abaixar o som. Você pegar o controle remoto, procura pelo o botão com a seta para baixo e aperta-o. O volume da TV fica mais alto! Você apertou o botão de seta para cima em vez do botão de seta para baixo. Por quê?
A letra "V" para o volume é usada para os dois botões de controle de volume. Apesar de os botões serem em forma de setas para cima e para baixo (para aumentar e diminuir o volume, respectivamente), a letra "V" se parece com uma seta para baixo. Quando você está procurando uma seta para baixo, você vê o "V" como uma seta para baixo, e o pressione. Infelizmente, o primeiro "V" que você vê é a seta para cima!
Uma solução seria utilizar o indicativo de "Vol" ao invés de apenas "V".

http://baddesigns.com/remote.html
Confira mais exemplos no site do BadDesigns.

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